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3º Papo Jovem sobre Finanças

quarta, 20 de julho de 2022

Olá, Empresários, por que aplicar corretamente o Mark Up?

Antes de seguir com detalhes sobre formação de preços de venda (lembram-se do artigo anterior?), quero comentar sobre uma dica muito importante e a qual usaremos para estabelecer o preço de um produto ou serviço.

Quando alguém me diz, vendi R$ 50.000,00, eu pergunto: quanto você gastou? Não quero desanimar, ao contrário, mas sempre despertar o cuidado, algo repetitivo, quanto ao entendimento que o que é vendido deve pagar o custo de compra da mercadoria vendida além das despesas da operação, como aluguel, e, claro, deixar lucro.

É comum o empresário observar que vende relativamente bem, percebe movimento em seu negócio, mas, ao final de cada mês, não vê sobra no caixa. Observou que tem anotações quanto às suas despesas de operação. Mas, mesmo assim, a “conta não fecha”.
Ocorreu com um empresário monta e vende sanduíches.

Com mais tempo, poderia ser avaliada as causas, que podem ser algumas, mas, logo de cara, constatei um equívoco chamado de Mark Up.
Usando um produto que ele chama de “X-Egg da Casa”.

Consultando a sua ficha técnica, que implantou para todos os itens produzidos, o custo de produção, conhecido também por CMV (custo da mercadoria vendida ou custo direto) alcançou o valor de R$ 14,00. Como adotou o percentual de 60% como margem (Mark Up), o empresário apresentou, como preço de venda, R$ 22,40.
Equívoco que pode sangrar o caixa da empresa, o que, parece, está acontecendo.

Vejamos, se o preço de venda é R$ 22,40 e o custo de produção é R$ 14,00, o que sobrou foi R$ R$ 8,40. E R$ 8,40 é 37,5% de R$ 22,40.

Muitos empresários se debatem para fazer essa conta. E essa conta precisa ser feita com bastante seriedade pela sua importância para o caixa da empresa.
Vamos entender como a conta deve ser feita e como o coeficiente encontrado deve ser aplicado.
Partindo do princípio que esse empresário adotou 60% como margem ou Mark Up, ele pode usar sempre a fórmula que segue:
(100 - % desejado) / 100.

No caso do empresário, seria (100 – 60) / 100 = 0,40. Eis o coeficiente divisor.
Dessa forma, ele deveria dividir R$ 14,00 por 0,40 e encontraria o preço de venda igual a R$ 35,00.
Assustador o equívoco, não?

Apenas para fixar, a margem de 60% deve cobrir as despesas variáveis, as despesas fixas e deixar lucro.
E, claro, ficha técnica é basicamente uma tabela com todos os insumos necessários ao preparo de um determinado produto, sendo que, nessa tabela, são especificados o valor unitário, peso e o valor final da quantidade de insumo usada para o produto.

Basta, então, redefinir a forma de cálculo do Mark Up para o lucro bater à nossa porta? Não. Tão importante quanto saber fazer preço é determinar quanto precisamos vender nas condições estabelecidas para o preço. Complicado? Não deve ser. Estou falando de metas de vendas. Ou seja, quanto precisamos faturar, mensalmente, com os preços estabelecidos com o Mark Up de 60% (nesse nosso caso).

Estou falando de uma série de cuidados, mas, para o parágrafo acima, estou falando de Ponto de Equilíbrio.
Assunto para o nosso próximo encontro.
Sucesso a todos.

 

Artigo escrito por:

Clodoaldo Guilherme
ACIAP Jovem
Sebrae

Economista pela Universidade Federal do Paraná, ex Professor Universitário, Executivo de Empresas, Sócio Fundador e Diretor da G2 Consultoria e Treinamento, Consultor Credenciado pelo Sebrae e Consultor dos Núcleos Jovem e da Saúde.

 

Fonte: ACIAP Jovem

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