Lidar com seres humanos, apesar de ser gratificante, pode ser muito desafiador e complexo. Explico o porquê: Pouquíssimos de nós sabemos gerenciar sua saúde, seja financeira, física, emocional e espiritual. Poucos de nós sabem gerenciar seu tempo e dedicá-lo para atividades que sejam prazerosas, saudáveis ou de forma ideal, ambas as coisas. Raríssimos se conhecem, sabem os que os bloqueia, atemoriza, ou os motiva e traz prazer. A tal da roda da vida, gira tão rápido e de forma tão mecânica e fria, que não nos deixa parar para pensar o que estamos fazendo, e o que acontecerá se não nos modificarmos, buscando ações, posturas e comportamentos que tragam não só mais tempo de existência física, mas também prazer, satisfação e a tal qualidade de vida. Pensar ou melhor refletir, nos incomoda porque nos desperta para mudanças, para sair do tal comodismo, da tal da " zona de conforto", que acho que no final das contas se torna não só desconfortável, mas incomoda. Cuidar da saúde e não tratar da doença, deveria ser a opção óbvia, clara, mas porque pensamos e agimos diferente disto? Por que somos conduzidos pela Industria da Doença e não da saúde. Porque a dor, o sofrimento, a limitação devem ser os alarmes, que muitas vezes, de forma inconveniente, barulhenta e insistente nos alerta e até culpa, por não termos cuidados da nossa saúde.
Para mim a resposta é de que temos medo. Medo de ouvir notícias desagradáveis, proferidas como sentenças condenatórias pelos nossos médicos, medo de sermos chamados de descuidados, medo de largar vícios, medo de sair do comodismo. Acredito que isto valha, para meus colegas do núcleo, médicos, dentistas, nutricionistas, psicólogos, dentistas e outros, em relação aos seus pacientes. Como mudar então e aprender a gerenciar o nosso medo e procurar um profissional de saúde, médico ou não? Primeiro reconhecer e vencer estes medos, entendendo que nosso veículo físico, aquele que sustenta nosso espírito precisa de manutenção, de cuidados, de bons hábitos, de prevenção e até de tratamento e acompanhamento das nossas doenças já estabelecidas, para evitar dores maiores, custos maiores de tempo e de energia, ocasionados pelas tais complicações das doenças. o Afinal o tal "prevenir é melhor que remediar". Procurarmos um profissional que seja nosso parceiro, nos de informações claras, seja humano no sentido de respeitar nossas dores, e tem conhecimentos a serem transferidos de forma objetiva, mas gentil para nós. Recebermos um diagnóstico e estabelecermos um tratamento, deve ser combinado, pactuado, com o profissional de saúde, porque muitas vezes ele pode ser para o resto da vida. Temos que saber as vantagens do tratamento, os custos, os possíveis efeitos colaterais, sempre pondo na balança o "custo-benefício". Devemos pactuar metas que sejam palpáveis, executáveis, de forma parceira com este profissional. Por exemplo, quantos quilos devo emagrecer, qual o objetivo da minha glicemia, da minha pressão, da quantidade de exercício. Temos que estar esclarecidos e motivados. Para um breve entendimento, para começar, busquemos a prevenção e tratamento, nos classificando nos seguintes grupos:
1. Prevenção primária: Sou saudável, não tenho doenças diagnosticáveis e quero manter este estado de saúde física e mental, fazendo a prevenção através de exames básicos de check-up.
2. Prevenção secundário: Apresento uma doença não complicada, como por exemplo com poucos ou nenhum sintoma, consequências limitações e quero evitar complicações. Acompanhamento e monitoramento periódico com o profissional ou especialista de sua confiança,
3. Tenho doença complicada, como Insuficiência Cardíaca ("coração cansado"), ou AVC (acidente vascular cerebral), Insuficiência Renal ou Câncer já com lesões graves, e quero evitar sofrimento, limitação, hospitalização e morte.
As duas últimas exigem cuidados específicos, especializados e monitoração mais frequentes, custam mais caro, mas se acompanhadas por equipe multiprofissional, como nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, dentista, médico e outros, terá os melhores resultados. Alimentação saudável, exercício físico regular, administração das emoções, vida social e familiar gratificante, e vivencia de uma crença espiritual consoladora e renovadora, trazem benefícios ilimitados, que não substituem os remédios e tratamentos, mas que os complementam. trazem melhores benefícios e satisfação e saem barato, pois quase sempre estão ao alcance de todos. Que tal começar primeiro, decidindo que não se quer tão só viver mais, mais também melhor, com mais autonomia e alegria. 'Tratar da saúde ou cuidar da doença". Qual a minha escolha?
Artigo escrito por:
Dr. José Luiz Carneiro Leão
ACIAP Saúde
Clínica Cisabem
Formado em Medicina, pela UFPR (Universidade Federal do Estado do Paraná), em 1984. É especialista em cardiologia pela mesma Instituição. Possui especializações em Clínica Médica pela Associação Médica do Paraná e em Medicina do Esporte pela UP (Universidade Positivo). Atuou no Hospital Geral de Curitiba, como Médico do Exército Brasileiro, no setor de clínica médica e cardiologia, pelo período de 3 anos. Atendeu também, como cardiologista clínico, na Secretaria Municipal da Saúde de São José dos Pinhais por 25 anos. Foi responsável pelo setor de Clínica Médica, no Hospital Municipal Atílio Talamini, pelo período de 3 anos e posteriormente, também atou como diretor técnico desta mesma Instituição. Por 18 anos, atendeu como médico do Hospital Novaclínica, sendo responsável pelo setor de cardiologia. Fundou e dirige a Clínica Cisabem há 14 anos, sendo proprietário e Diretor técnico desta Instituição, onde também realiza consultas cardiológicas eletivas. Criou vários programas preventivos na área de saúde no município de São José dos Pinhais. É sócio fundador do Rotary Club São José Afonso Pena. Fundador e presidente da ONG Ehmana de terapias espirituais holisticas. Atual Coordenador da ACIAP Saúde.
Fonte: ACIAP - Associação Empresarial de São José dos Pinhais
